Suspenso contra a Bolívia, Casemiro mantém papel de bússola no projeto de Carlo Ancelotti na Seleção Brasileira

Volante não recuperou a braçadeira de capitão, mas segue como referência de liderança e elo entre passado e futuro do time brasileiro Mesmo suspenso, Case...

Volante não recuperou a braçadeira de capitão, mas segue como referência de liderança e elo entre passado e futuro do time brasileiro

Mesmo suspenso, Casemiro dita os rumos da Seleção de Ancelotti

Casemiro está suspenso e não entra em campo contra a Bolívia, mas seu papel na Seleção Brasileira vai muito além dos 90 minutos. Para Carlo Ancelotti, o volante de 33 anos é a bússola de um projeto que precisa de equilíbrio após anos de instabilidade e mudanças de comando.

Desde a saída de Tite, em dezembro de 2022, a Seleção teve cinco técnicos até a chegada do italiano em junho de 2025. Nesse período, Casemiro perdeu espaço, chegou a ser cortado por lesões e deixou de ser titular. Mas sua volta com Ancelotti simboliza a retomada de um pilar histórico do time.

Embora não use mais a braçadeira de capitão, Casemiro é reconhecido pelos companheiros como líder incontestável. Marquinhos, atual capitão, e outros veteranos como Alisson e Danilo enxergam nele a voz de experiência e o espelho de conduta dentro do grupo. A liderança, portanto, não está no símbolo, mas na prática.

Jogando muito há tempos

O camisa 5 já foi protagonista de momentos de enfrentamento fora de campo. Em 2021, liderou críticas à realização da Copa América no Brasil em plena pandemia, posição que evidenciou sua postura firme diante da CBF. Desde então, consolidou-se como referência moral de uma geração que viveu a quebra de confiança institucional.

Ancelotti não convoca Casemiro por gratidão, mas pela necessidade de ter alguém que conhece o que funcionou no passado recente. Campeão da Copa América de 2019 e presente em três Copas do Mundo, o volante carrega a memória de conquistas e também das quedas que precisam servir de aprendizado.

Suspensão desde sempre

Não se trata de perfeição. Casemiro já sofreu com suspensões, como na Copa de 2018, e até contra o Chile arriscou ser expulso por uma entrada dura. Mas a seleção, historicamente, teve camisas 5 que erraram e mesmo assim marcaram época, como Clodoaldo em 1970. O peso está no conjunto da obra.

Assim, mesmo sem estar em campo contra a Bolívia, Casemiro cumpre a função de farol para a Seleção de Ancelotti. É ele quem ajuda a guiar a reconstrução de um time que ainda busca confiança, servindo de elo entre a experiência que deu certo e o futuro que precisa voltar a ser vitorioso.