Problema no VAR gera reclamações na final do Brasileirão Feminino
Jogadoras de Cruzeiro e Corinthians reclamam de problema no VAR na final do Brasileirão Feminino Controvérsia nos minutos finais O empate em 2 a 2 entre C...

Jogadoras de Cruzeiro e Corinthians reclamam de problema no VAR na final do Brasileirão Feminino
Controvérsia nos minutos finais
O empate em 2 a 2 entre Cruzeiro e Corinthians, no jogo de ida da final do Brasileirão Feminino, ficou marcado por problemas no VAR nos minutos finais da partida na Arena Independência. Jogadoras de ambas as equipes questionaram a condução do árbitro e o uso do sistema de vídeo, alegando que a situação mostrou falta de respeito com o futebol feminino. A falha gerou preocupação sobre possíveis prejuízos às equipes.
A capitã do Corinthians foi enfática: “Foi uma falta de respeito com ambas as equipes, qualquer uma das duas poderia sair prejudicada por não ter o VAR. A minha ideia seria que não houvesse jogo, a partir do momento que perdeu a comunicação, acho que a partida teria que ser interrompida”. Suas declarações refletem a insatisfação geral do grupo com a situação inesperada.
Zanotti também comentou sobre o protocolo aplicado: “Conversamos ali dentro, ambas as equipes estavam de acordo que essa deveria ser a decisão tomada. A quarta árbitra passou que era o protocolo e deveria continuar a partida. Sinceramente, não concordo, precisamos analisar isso e cada vez mais ser respeitadas. Dificilmente isso acontece em partidas do outro gênero.” A jogadora reforçou a diferença de tratamento entre masculino e feminino.
Isabela Chagas eleita a melhor em campo. Foto: reprodução/Instagram/@isabela_chagas01VAR decisivo para o Corinthians
O segundo gol do Corinthians, marcado pela camisa 10, só foi validado após revisão do VAR, já que a primeira marcação havia sido de impedimento. Zanotti destacou a importância do recurso: se o sistema não estivesse funcionando, “as Brabas seriam prejudicadas”. O episódio reforçou o debate sobre a confiabilidade do VAR em partidas femininas e o impacto que a falha poderia ter tido no resultado.
Pelas Cabulosas, a lateral Isabela também se pronunciou: “Não podemos deixar de falar sobre a falta de respeito que o VAR teve com a gente. Isso não acontece com o masculino, do VAR parar no meio da partida. É uma falta de respeito. Isso não pode acontecer com o futebol feminino, porque não acontece com o masculino.” A atleta reafirmou a necessidade de igualdade no tratamento das competições.
O VAR só é utilizado no Campeonato Brasileiro Feminino a partir do mata-mata, o que gera limitações em fases anteriores. A competição de 2025 já havia sido marcada por protestos das 16 equipes contra a arbitragem e pela pouca utilização do recurso em momentos decisivos. A final reforçou a necessidade de melhorias e maior consistência no uso do árbitro de vídeo.
Próximo capítulo na Neo Química Arena
Cruzeiro e Corinthians se reencontram no próximo domingo, às 10h30, na Neo Química Arena, em São Paulo, para decidir o Brasileirão Feminino. As Brabas buscam o heptacampeonato, enquanto as Cabulosas tentam conquistar o primeiro título da história. A partida terá transmissão da TV Globo e do SporTV, e promete atenção especial à arbitragem, principalmente ao uso do VAR.